quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Cadastro na ABAHE

                  Solicitamos a atualização do cadastro  para o novo site
 da ABAHE (Associação Brasileira de Ataxias Hereditárias)  Muitas pesquisas para medicamentos vêm sendo desenvolvidas e o nosso cadastro ajuda para que isto venha a acontecer.
Sou mãe de um adolescente com Ataxia  e membro da diretoria da ABAHE.
                 Os dados que faltam no seu cadastro são os seguintes:
                           1) IDADE DO APARECIMENTO DOS SINTOMAS?
                            2) FORMA DE DIAGNÓSTICO:
                                  a. Teste Genético
                                  b.  Exame Físico
                                  c. Outro membro da família confirmado
                                  d. Outra forma ( qual?) 
                           3)  ESTÁGIO EM QUE SE ENCONTRA
                                 Estágio 1: Pode correr ou pular sem perda de equilíbrio. 
                                 Estágio 2: Não consegue correr ou pular sem perda de equilíbrio.
 
                               - Estágio 3: Requer apoiar-se em paredes, móveis ou pessoas regular/periodicamente,
                                  evita andar em espaços abertos ou usa uma bengala para estabilidade e movimentação.
 
                              - Estágio 4: Requer assistência para andar; com andador, muletas, duas bengalas, ou outro
                                         tipo de ajuda como cachorro guia.
 
                              - Estágio 5: Confinado, mas pode movimentar-se sozinho numa cadeira de rodas.
                           
                           4) CADEIRANTE
                                       ( ) SIM         (  ) NÃO
 
                                    OBRIGADA, no aguardo
                                                   Eliana de Mesquita Fernandes
 
                                OBS: Você também pode fazer seu cadastro com todos os dados pelo site da ABAHE


www.abahe.org.brhttp://abahe.org.br/novo/
 
     

    quinta-feira, 22 de junho de 2017

    A vida não pode ser em preto e branco




    Portadora da doença incurável lançando o livro “Aline – A vida não pode ser em preto e branco” (128 págs/Chiado Editora).
    Aline Gessolo, 33 anos, psicóloga, portadora de uma doença progressiva degenerativa pouco conhecida, chamada Ataxia de Friedreich narra, corajosamente, sua história: minhas conquistas, tristezas, vitórias e superações. 






    A proposta do livro é ajudar outras pessoas, deficientes ou não, a entenderem que no mundo há lugar para todos, e abrir espaços para inclusão.
    O livro é autobiográfico, e conta desde a manifestação da doença, com aparecimento dos primeiros sintomas aos 4 anos de idade. O diagnóstico definitivo veio quando ela tinha 18 anos, já na cadeira de rodas.
    Mesmo assim, Aline teve uma vida praticamente “normal”, estudou, casou, viajou muito, sempre esteve rodeada por amigos.
    Hoje perdeu todos os movimentos, voz enrolada, só poucas pessoas a entendem, mesmo assim continua fazendo muitas coisas. Nunca se dá por vencida.
    Quando começou a escrever o livro, ainda digitava, mas perdeu os movimentos das mãos, e ditou para a sua mãe ou para a cuidadora. Foram seis anos de trabalho. E Aline deu conta.
    Sempre teve o incentivo e o apoio da família e procura viver intensamente cada dia como se fosse o último.
    - São Lourenço do Turvo – Matão SP
    - Contatos: (16) 3389-1154
    asgessolo@hotmail.com
    https://www.facebook.com/AlineBookLife/?ref=aymt_homepage_panel (minha página para curtirem e conhecerem um pouco da minha história).
    📚 https://www.chiadoeditora.com/…/aline-a-vida-nao-pode-ser-e… 📚
    Ou encomendar nas livrarias:
    Cultura - Saraiva - Easybooks - Martins - Fontes - Livrarias Curitiba - Janina - Livrarias Galileu - Mec Livraria Matão. 


    Eliene Ramos

     





    " Sou Eliene, tenho 22 anos, sou casada tenho um filho de 4 anos. Aos 13 anos comecei a sentir dificuldades para andar. Comecei os exames e nada era descoberto. Com 18 anos engravidei, tive que parar os exames porque não podia fazer ressonância magnética. Esperei 9 meses, tive o meu filho, foi uma cesariana. Depois disso, a doença avançou. Dei entrada nos exames pelo SUS esperei. 8 meses para ser liberado. Fiz a ressonância finalmente e foi diagnosticada ataxia cerebelar. 



    Foi um choque. Não sabia nem o que era. Entrei logo em depressão, mas com apoio de Deus e meu esposo, consegui vencer a depressão. Mas até hoje não foi diagnosticado qual foi a causa da ataxia. Ainda faço exames para descobrir a causa. Hoje eu consigo cuidar da minha casa e da minha família. Tenho muitas dificuldades, mas eu me adaptei".

    quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

    Diário de uma mãe



    21 de dezembro de 2016 - Que o Senhor abençoe sua vida, filha. 
    E faça o melhor, pois sua vontade é boa e agradável. Se até aqui ele amparou porque o propósito dele é grande em sua vida. 
    Parabéns! Mamãe te ama muito. 
    E estarei com você sempre.

    25 de dezembro de 2016 - Só agradecer a Jesus por conceder a oportunidade de estamos todos juntos. Mais um Natal. 
    Mamãe, papai, Sabrina,João,Elvira, Erika e Amaury. 
    Um dia de cada vez. A graça do Senhor nos basta.
    (...)
    Fechando a noite minha princesa dormiu. Depois de vários remédios. Sem dor.. 
    Amanhã é um novo dia. Que o Senhor renove nossas forças.
    (...)
    Chegou o Natal, estamos contentes . O Senhor tem nos sustentado. Cuidando dos mínimos detalhes.
    Minha princesa em casa.

    Janeiro de 2017
    Dia 01 - Este ano de 2016 foi difícil. Minha princesa passou quase todo dodói, esperando em Deus.
    Mas uma coisa Deus vem ensinando. A aproveitar momentos . E a ser gratos.A gratidão para mim, neste momento, é um dos sentimentos preciosos. E somos gratos a Ele por tudo. 

    Ele tem cuidado nos mínimos detalhes. 
    Agradeço a cada pessoa que tem orado, abençoado de alguma forma. 
    Mas tem um povo que conhecemos este ano. Seremos eternamente gratos.
    Que ficaram gravados em nossos corações para sempre. No meu estão em destaque. Foram dias de angústias e vocês a nosso lado, dando força e carinho.
    Às vezes, o desespero levava ao choro. Mas o Senhor colocou anjos ao nosso lado, ali naquele hospital. 
    CRER . 
    Na UTI, que foram dias sem fim, e depois no posto 1. Cada tem um lugarzinho especial no meu coração e na nossa história. 
    Nossa gratidão. Desejamos um 2017 cheio de realização e sonhos.
    A todos nosso carinho. Vcs são top.

    Dia 03 - Mais um susto. Minha princesa está no UPA - Brasicon. Até que horas não sei. Problemas pulmonares. Aguardando vaga para o CRER se Deus quiser.

    Dia 03 - Graças a Deus . Minha princesa já está indo para o CRER.
    Ainda tem anjos por ela.

    Dia 06 - Tem um ditado popular que diz: oportunidades vêm à nossa porta uma vez. Se não agarramos, perdemos. 
    Mas creio que por uma boa causa. O Senhor dará outra até melhor eu creio. Tudo no tempo de Deus!

    Meu coração esta tranquilo. E muito amor envolvido.
    Dia 08 – Casamento: Perfeito. 
    Que possamos enxergar com os olhos do nosso cônjuge . Não importa quanto tempo de casados somos. 
    Bom lembrar.
    E para vida prática. Que possamos enxergar com os olhos do outro. 
    Amém!
    Dia 13 - Hoje amanheci lembrando de quando minha princesa começou a agravar os sintomas da Ataxia.
    Muitos falavam que era manhosa que eu mimava demais. 
    Mas não iam ler ou se informar o que era, nem conheciam os sintomas. Infelizmente, hoje estão acompanhando na prática. Ah, se eu pudesse, teria mimado mais. Não teria sido em vão. 
    Muitas vezes tive que brigar para aceitarem o seu comportamento. Quando ficava nervosa, pois não entedia o que estava acontecendo com ela. Sempre com uma personalidade muito forte, sabia o que queria, muito inteligente. 
    Mas também sempre repetia ; eles não sabem o que estão fazendo. "uma frase que muitos conhecem". 
    Fica a sugestão: não se precipite em julgar. Principalmente quando o envolvido é uma criança e com alguma necessidade especial. 
    Mas Deus no controle sempre perdoa ações impetuosas. 
    E minha nossa! como muitos a chamam, Princesa tem dado lição de vida a todos. 
    Deus conduz e não a desampara.
    Só lembrei!
    Dia.17 - Há 27 portadores de Ataxia SCA 7 cadastrados na Abahe. 
    O que é Ataxia SCA 7 - Ataxia Espinocerebelar Tipo 7? (extraído do site da Abahe)
    “Também denominada ataxia cerebelar autossômica dominante tipo 2, ou ataxia com retinose pigmentar, é uma forma de ataxia autossômica dominante (cromossomo 3) na qual os primeiros sintomas em geral se relacionam com a visão. As pessoas afetadas notam mudanças na acuidade visual e na visão das cores. Além dos sintomas de ataxia, podem ser perceptíveis movimentos lentos dos olhos e leves modificações sensoriais ou de reflexos. Os sintomas parecem começar um pouco mais cedo neste tipo do que em algumas outras ataxias, de início na idade adulta, com uma média de início entre os 20 e 30 anos. Algumas vezes o início dos sintomas ocorre na infância (foram relatados casos de início aos 4 anos de idade). A pronta identificação desta enfermidade pode ajudar os pacientes a adaptarem-se melhor às modificações de visão e de mobilidade. A prova genética através de teste de DNA já é possível porque o gene já foi identificado”.
    Essa de o tipo de minha princesa.
    Dia 18 - Sabemos hoje que é uma das mais raras.
    Quanto mais cedo aparece, mais severa é.
    Mas confiança em Deus não nos falta.
    Dia .21 - Final de semana, muito bom com minha princesa. Não importa se no hospital se ela conta caso se me vê. 
    Mas me sente.Estamos juntas. Graças a bondade do Senhor !
    Dia 22 - Que pena, hora de deixar minha princesa. O pai também tem que ficar com ela. Amanhã, trabalhar logo cedo. 
    Sempre quando saio, falo para ela que volto para buscar meu outro pedaço do coração, que deixo com ela. Que cuide direitinho. Pisca e fecha os olhinhos. 
    Assim vamos levando os dias. E muito amor. E assim uma parte de mim fica ali naquela cama.
    Deus cuida sempre. Mas parece um século até o outro dia. 
    Mamãe te ama muito.
    Dia 25 - A cada momento que passa, admiro mais minha princesa. Vejo o Senhor na vidinha dela. Muitas pessoas têm muito e, ainda assim, querem mais.
    Ela, ali, naquele leito, com pouco ela se alegra. Ontem, na hora da visita. Brincamos com ela de esconde-esconde. Sim, uma brincadeira. Que sempre gostava de fazer com o pai. 
    Foi assim: ele saiu do quarto, fiquei de vigia quando ele estivesse entrando. A Elvira ajudava: “esconde lá”. E simplesmente jogando o lençol em cima dela. Ele entrou e procurou por todo quarto falando onde poderia estar e quando a achou na cama foi aquela festa. Precisavam ver a carinha dela. Mesmo ali, parada, demonstrou alegria satisfação. É muito bom. Como sempre, muito sapeca . Como gostava de aprontar.
    E assim vamos nós e ela, curtindo e criando situações que façam os dias dela e nos nossos melhores. E crendo que tudo é dom de Deus. E que o melhor ainda está por vir.
    E muito amor! 
    Vi que não precisamos de grandes coisas para termos momentos felizes. Graça e paz!
    Basta fazer dos pequenos grandes.







    quinta-feira, 24 de novembro de 2016

    Carlos Amaral Falso tratamento


    ATAXIA. AÇÃO JUDICIAL PARA QUEM FEZ O TRATAMENTO COM O FALSO MÉDICO CARLOS AMARAL E PRETENDE REAVER SEU DINHEIRO DE VOLTA
    Prezados(as) amigos(as)!
    Me chamo Julio Cesar. Eu e meus irmãos somos portadores de Ataxia. Meu irmão Ederon, realizou o tratamento do Carlos Amaral e assim como vários outros portadores, não obteve melhora alguma.
    Posteriormente, publiquei dois vídeos dando a minha opinião sobre o tratamento. Em seguida, recebi um telefonema da Record se interessando pela matéria e querendo fazer uma reportagem, denunciando o tratamento, como de fato o fez.
    Quem não teve a oportunidade de assisti-lá, pode vê-la através do link
    http://noticias.r7.com/…/terapeuta-e-denunciado-por-fazer-t…
    Meu irmão Ederon, foi um dos entrevistados. Ele é advogado, milita na área do direito há 30 anos, mas devido a doença, está com enorme dificuldade para se locomover, bem como digitar no computador.
    Estou organizando uma lista de pessoas interessadas em ajuizar uma ação, a fim de reaver o gasto obtido com o tratamento ineficaz, cumulada com pedido de dano moral, possível formação de quadrilha, exercício ilegal da profssão, falsidade ideológica, sonegação de impostos, entre outros crimes...
    Estou em contato com dois advogados que militam em São Paulo, Dr.Newton e a Dra.Joana, ambos indicados por pessoas do grupo.
    Conversei com eles e solicitei que me enviassem uma proposta, informando qual seria a estratégia.
    Seria uma ação coletiva?
    Como seriam ouvidas as testemunhas e autores da ação?
    Haveria algum custo para o ingresso da ação?
    Enfim, dados que pudessem nos subsidiar para que possamos decidir a respeito do que fazer.
    Muitas pessoas efetuaram o pagamento parcelado no cartão de crédito ou com cheques pré-datados.
    Objetivamos ao ingressar com a ação, pedir tutela antecipada, a fim de cancelar os referidos pagamentos, evitando que o prejuízo seja ainda maior.
    Estou organizando uma listagem, contendo o nome dos interessados em reaver as importâncias gastas. Para isso, preciso que me enviem para meu whatsapp (51) 984026054 ou e-mail: cesar@guarida.com.br , as seguintes informações:
    Seu tratamento foi realizado na Clinica Climedim ou foi no próprio consultório do Carlos Amaral, em Santos?
    O tratamento TCR foi executado pela Dra. Adriana?
    Alguém do grupo vem sofrendo ameaças ou coações para depor ou postar vídeos informando que teve melhoras após o tratamento?
    Tem algum registro disso?
    Tem alguém que está pagando parcelado no cartão de Crédito ou por cheque pré-datado?
    Em algum momento do tratamento o Carlos Amaral lhe coagiu ou faltou com o respeito, lhe humilhando?
    Tens recibo do valor pago? Que tipo?
    Assim que concluir a listagem e ter mais informações, entrarei em contato.
    Abraço!
    Julio Cesar
    cesar@guarida.com.br
    Fone: (51) 984026054


    Facebook: https://www.facebook.com/carlos.corterealeamaral?ref=ts&fref=ts
    -- 

    terça-feira, 9 de agosto de 2016

    Fábio

    Meu nome é Fabio, tenho 32 anos. Tenho uma ataxia cerebelar, mas sem diagnóstico, já fiz inúmeros exames e tratamento. Meus sintomas começaram aos meus 17 anos, como falta de equilíbrio para andar de bicicleta, mas achava que era falta de treino. Mais tarde comecei a me sentir fraco para correr, também achei que era falta de treino  levei as dificuldades até meus 23 anos quando senti dificuldades para andar e isso não era falta de treino kkk.
    Procurei um ortopedista de inicio, mas ele logo falou que era neurológico. desde então investigo e tento tratar, com medicamentos e fisioterapia. Há três anos atrás comecei a andar de cadeira de rodas e hoje estou treinando para usar um andador.

    Como antes eu já era apaixonado por esportes, hoje estou cursando o segundo ano de educação física, e é isso meu melhor remédio: exercícios, principalmente musculação. É assim que me mantenho bem, como praticante e futuro profissional. É o que eu recomendo a todos, exercícios físicos.

    domingo, 3 de julho de 2016

    Balada do louco

    "Minha vida tem muita músicas, toda minha vida tem uma música que me marca muito , não seria diferente com essa. 
    Sexta fui à um show com um a que me fez lembrar de uma música que me ajudou muito na fase que eu escolhi viver na cadeira, eu falo que o segundo semestre de 2008 foi o mais torturante da minha vida , eu escolhi usar cadeira por falta de opção , como era um universo desconhecido tinha muito preconceito eu via na cadeira um atestado de óbito. 
    No entanto, pensei em fazer festa pra despedida dos amigos, pra mim mesmo ela me afastaria do mundo. Eu lembro de uma paixão que eu não contei pra mim era o homem mais lindo e como falar que eu ia usar cadeira de rodas? 
    Não falava do assunto com ninguém , com ele era pior, toda vez que pensava como se a vida fosse acabar na festa de casamento da minha irmã, novembro de 2008 comuniquei aos meus amigos e primos, para os mais próximos. "Fevereiro vou entrar pra faculdade e pra isso preciso de uma cadeira de rodas", lembro que chorei muito. E como se a culpa fosse da faculdade, minha maior tristeza era não vou ver o "Samu" mais, nem beijar na boca. Quem vai querer beijar uma e justamente aí a minha amiga me mostrou essa música, Débora Duarte, ela nem sabe que me ajudou com a música "Mais louco é quem me diz que não é feliz."


    quarta-feira, 25 de maio de 2016

    ABAHE. Formulário

    x
    Formulário ABAHE
    Formulário ABAHE. Para o Cadastramento na ABAHE é necessário que as perguntas, abaixo, sejam respondidas. Após o preencimento das informações podem me enviar os dados que eu providencio o cadastro. As Respostas obrigatórias são as que têm o asterisco, sem elas não poderei concluir o Cadastramento. As demais respostas são importantes, também, para um melhor conhecimento do desenvolvimento da doença.
    __________________________________________________________
    Entre com os dados para realizar o cadastro: ( * preenchimento obrigatório)
    Nome: (Não colocar os Sobrenomes, sem abreviar. Ex.: José Carlos, Marlene) *
    Sobrenome: (Completos sem abreviar. As mulheres casadas devem informar o sobrenome de solteira. Ex.: Campos Azevedo. ) *
    Data de Nascimento: (dd/mm/aaaa) *
    Sexo: *
    Masculino Feminino
    Endereço: *
    Complemento:
    Número: *
    Bairro: *
    CEP: *
    País: *
    Estado: *
    Cidade: *
    Região em que fica seu Estado: *
    Fone: (Ex.: 11 0000 9999) *
    Renda Familiar: *
    1 a 2 salários mínimos3 a 10 salários mínimosmais de 10 salários mínimos
    Email:
    --------------------------------------------------------------------------------
    Portador
    Família (escreva os sobrenomes das várias gerações da família afetada, sem abreviatura)
    Região ou país de origem da família afetada (antecedentes familiares)
    Qual tipo de ataxia foi diagnosticada em você ? *
    AT – Ataxia Telangiectasia – Síndrome de Louis BarAVED – Ataxia por Deficiência de Vitamina EFA – Ataxia de FriedreichDRPLA – Ataxia Dentato-Rubro-Palido-LuisianaEP1/EP2/EP3/EP4 – Ataxia EpisódicaSCA 1 – Ataxia de MarieSCA 2SCA 3 – Doença de Machado-JosephSCA 5SCA 6SCA 7SCA 8SCA 10SCA 11SCA 12SCA17testeDiagnóstico não confirmadoOutras
    Tem algum diagnóstico, algum exame que comprove o tipo de ataxia ?
    Sim Não
    Quais ?
    Com qual idade se manifestou a ataxia em você ?
    Em que Ano foi ?
    Você identificou algum motivo que fez com que a doença efetivamente se manifestasse ?
    Descreva suas limitações atuais
    Qual atividade do dia-a-dia que você tem mais dificuldade de realizar ?
    Faz algum acompanhamento, tratamento ?
    Sim Não
    Quais ?
    Toma medicação para a os sintomas da ataxia ?
    Sim Não
    Quais ?
    Você é filho de pais consangüíneos ?
    Sim Não
    Podemos entrar em contato para você ser voluntário para possíveis testes e pesquisas ?
    Sim Não
    Você é cadeirante ?
    Sim Não
    Qual é sua Alimentação ?
    Você trabalha ?
    Sim Não
    Qual sua ocupação ?
    Você tem interesse por trabalhos manuais ?
    Sim Não
    Por quais trabalhos ?
    Como você encara seu problema ?

    sexta-feira, 13 de maio de 2016

    Karina Mariano da Cunha Balog

    Sou Karina Mariano da Cunha Balog, nasci em agosto de 1976. Convivo com esta doença Ataxia) e todo o sofrimento que ela causa desde criança, através do meu pai. Mal sabia eu que também tinha herdado este mal. Esta doença fez toda a minha família amadurecer e ocupar papéis difíceis de serem ocupados. Vou falar de mim especificamente. Precisei ocupar o papel de provedora e arrimo de família desde os meus 16 anos o que trouxe uma série de traumas. Mal sabia eu que aos 38 anos de idade eu descobriria que também tenho este problema em meu corpo. Foi um grande susto e ajuste familiar. Ainda ando, dirijo, mas me sinto insegura em várias atividades comuns como uma subida, escadas, etc porque perco o equilíbrio com facilidade. Faço musculação três vezes por semana. Tenho esperança e fé que não ficarei inválida como ficou meu pai e tenho fé em aparecer um tratamento a tempo".

    Edson Luis a Silva

    Meu nome é : Edson Luis da Silva , 49 anos, diagnosticado em 11/2011, com DMJ - SCA 3. Venho com histórico familiar vindo da família da minha mãe . Em 2015 falecida . Também em 2015 perdi meu irmão mais novo também com (DMJ). 
    Minha mãe, com 66 anos e meu irmão, com 45 anos. Faço acompanhamento com o setor da neurologia do Hospital São Paulo . E faço fisioterapia no Promove São Camilo . São Paulo. 
    Estou iniciando uma participação no Hospital das Clínicas em SP. Trata-se de um estudo com Estimulação Intra Craniana no cerebelo , este procedimento tem por finalidade estimular o mesmo a não atrofiar devolvendo assim marcha e equilíbrio. 
    Faço uso de Gabapentina , Fluoxetina , Miosan e Donaren .Estou sentindo muito a perda de equilíbrio , falta de coordenação motora, Minha libido foi a zero , tenho retenção urinária ( Bexiga Neurogênica ). A dor nos membros inferiores é cada vez mais constante e no ultimo mês foi detectada uma tontura constante , é como se meu celebro estivesse solto na cabeça, diplopia, miopia e astigmatismo fazem parte do quadro também. Estou aposentado por invalidez previdenciária (32).

    Sivia Mercês Souza Alves

    Chamo-me Sivia Mercês Souza Alves, estou com 57 anos e portadora de Ataxia, Tipo 3 DMJ , há 11 anos.

    Sou Assistente Social aposentada pelo INSS. Divorciada, tenho dois filhos, sendo um casado e uma filha. Moro com os solteiros, mas fico a maior parte do tempo sozinha. Fiz Reabilitação Física no Sarah de São Luís de 2005 a 2012, pelo TFD (Tratamento Fora do Domicílio).

    Como auxílio, uso Andador adaptado e cadeira de rodas quando a situação exige, pois em pé perco muito o que equilíbrio.
    No banho, utilizo cadeira.
    Tenho recorrentes dores lombo-dorsais que pioram minha qualidade de vida. Estou fazendo tratamento.
    No estado em que me encontro, não creio em planejamentos longos. É viver um dia de cada vez. Deus no comando!

    Gean Patrick Guimarães

    Meu nome é Gean Patrick Guimarães tenho 41 anos. Moro em Curitibanos SC. Tenho ataxia de Friedreich  há 18 anos e sou cadeirante há 17 anos , jovem senhor solteiro muito feliz com poucas limitações, porém existem, mas vivo bem.

    Miqueias Silva de Jesus

    Meu nome é MIQUEIAS SILVA DE JESUS,  tenho 32 anos, sou natural de Porto Rico do Maranhão, e atualmente moro em Divinópolis- MG.

    Tenho ataxia desde que me entendo como pessoa. Minha ataxia não foi herdada de meus  pais é uma ataxia  esporádica (ataxia sem uma causa aparente), mas só foi diagnosticada há 5 anos atrás no Sarah São Luís-MA.













    Portanto, desde a infância, venho sofrendo com o meu "sem jeito" de fazer as coisas mais simples, como ter EQUILÍBRIO etc...
    Não tive muitos problemas com o preconceito. Eu mesmo tentava evitar,  não querendo demonstrar à sociedade. Mas isso só me prejudicou, pois entrei em uma depressão desde então, e hoje luto pra sair, depressão leve.

    Como morador de Porto Rico do Maranhão,  tive uma vida um tanto normal, porém com algumas dificuldades. No entanto, conseguia ir para o colégio normalmente, pontualmente e com muita dedicação. Comecei na faculdade de pedagogia em 2006. Passei, mas desde esse momento já notava dificuldades na escrita e achava que era um estilo próprio, mas já era a ataxia manifestando-se, e comprometendo minha "coordenação motora fina".

    Logo fui obrigado a deixar a faculdade, porque me apareceu uma tontura forte e essa tontura me afastou das minhas atividades de estudante. Foi então que comecei a procurar tratamento médico bem urgente para mim. Comecei pelo CRÁS de Porto Rico do Maranhão. Lá, o psicólogo falou pra mim e para minha mãe que eu tinha um problema NEUROLÓGICO e não MENTAL.  Então fui encaminhado para outra cidade e outro CRÁS. Também lá a médica me receitou AMÍTRIL e VERTIX, para labirintite, mas esses medicamentos só me fizeram mal, e ao levar o resultado do medicamento, a médica logo percebeu que estava errada a medicação e me encaminhou a um neurologista em São Luís do Maranhão e fui com minha mãe. Chegando em São Luís me pediram uma tomografia e uma ressonância.

    Então viram que meu cerebelo estava atrofiado "característica de quem tem ataxia". Fui a um neurocirurgião, mas não havia “nada a fazer”. Depois fui a uma médica que me prescreveu remédio para parkinson, foi outro insucesso, mas continuei com outros neurologistas, tomei outros medicamentos para tontura e ataxia, mas nada fazia melhorar. Tomei Etna, Flunarim etc...
    Enfim, entrei no Sarah de São Luís por indicação dos neurologistas, no Sarah fui entender que os meus problemas não teriam tantos recursos pela medicina, e foi então que parei de procurar tratamento pois já não havia muito a ser feito. Desde então continuei só com a fisioterapia e outros tratamentos cotidianos.
    Hoje sei que como a "ataxia espinocerebelar" não tem cura e isso me faz mais dependente de Deus e somente Ele que cura todas as nossas dores...
    Hoje estou bem consciente que tudo passa...e com Deus, com minha família e minha namorada continuo, bem a vida...
    Este foi um rápido relato do meu viver com ataxia.

    quinta-feira, 12 de maio de 2016

    Sirlei Bronzatti

    DEPOIMENTO SIRLEI DOS SANTOS BRONZATTI





















    1

    (JÚLIO DE CASTILHOS)

    Eu me chamo Sirlei dos Santos Bronzatti, tenho cinquenta e oito anos, nasci numa pequena cidade no interior do RS, Júlio de Castilhos. A cidade não possui grande infraestrutura, mas é bastante receptiva possui cerca de vinte mil habitantes.
    Quando eu era mais jovem, ainda somente com o primeiro filho: o Vinícius, aos vinte e poucos anos, trabalhava em Tupanciretã, outra pequena cidade e vizinha a Júlio de Castilhos,distante cerca de 45km. Diariamente eu me deslocava, num fusca, para cumprir meu expediente, meu marido na época trabalhava no Banco do Brasil em nossa cidade.

    (FILHOS)
    Possuo três filhos, dois meninos, o mais velho é o Vinícius, depois veio o Marcel e uma menina, a caçula Gabriele. O divórcio fez com que eu assumisse os papéis de pai e mãe, com grande e fundamental ajuda de minha mãe que morava na nossa rua, três casas abaixo. O divórcio aconteceu por motivo de alcoolismo de meu marido, não foi possível ajudá-lo, apesar das inúmeras e incansáveis tentativas. Infelizmente,a solução encontrada para minimizar o sofrimento de toda a família, principalmente das crianças, foi a separação. Mantive o sobrenome do ex marido, pois uma de minhas, digamos que “reclamações”, com minha querida falecida mãe era exatamente em relação ao meu nome, já que não gosto do primeiro e o sobrenome ficaria “Santos dos Santos” caso eu tirasse o último adquirido e isso eu não queria.

    (FINANÇAS)
    Sou funcionária pública federal, com função administrativa, trabalhei por vários anos no antigo INAMPS, hoje INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), na cidade de Júlio de Castilhos. Na época em que me separei, tive que lutar bastante para manter o padrão de vida que levávamos e de alguma maneira oferecer uma boa infância e adolescência aos meus filhos. Financeira e sentimentalmente sempre contei com o apoio de minha mãe, ela me emprestava valores quando necessário, eu sempre a pagava e não contava esforços para ajudar na criação das crianças. Logo após a separação foi um período bastante difícil, tive uma fase depressiva, acabei me endividando com bancos e lojas e precisei muito do apoio de minha mãe, o que na época eu mesma nem notava devido ao stress. Para minimizar a falta do salário do meu ex marido, que não estava mais no Banco do Brasil e, portanto, nunca teve condições de pagar pensão alimentícia, eu incrementava minha renda do serviço público com trabalhos manuais, fiz muitos trabalhos em ponto de cruz, bonecas de pano, houve uma época em que eu e uma prima tentamos abrir um negócio próprio, mas não durou muito tempo, pois não tínhamos experiência administrativa no comércio.

    (SAÍDA DE CASA DOS FILHOS)
    A cidade de Júlio de Castilhos não possuía curso superior (hoje há na cidade um Instituto Federal com alguns cursos) e tampouco possibilidade de bons empregos na iniciativa privada para meus filhos e, por consequência disso, o primeiro a sair de casa foi meu filho mais velho, o Vinícius. Ele saiu de casa para seu primeiro emprego na cidade de Santa Maria, onde foi militar por um tempo. Mais tarde começou a namorar minha nora, que é da cidade de Cruz Alta, onde ele foi morar e iniciou faculdade de Administração. Os dois casaram em Uberlândia, Minas Gerais, onde moram atualmente e tiveram o Gabriel, meu netinho lindo de dois aninhos.
    A próxima a sair de casa foi a caçula, Gabriele. Ela começou um curso técnico em administração na Universidade Federal de Santa Maria logo no ano em que finalizou o ensino médio. Ela decidiu por cursar o técnico pois naquele ano não conseguiu entrar na faculdade e não pretendia permanecer morando em Júlio de Castilhos por mais um ano. EM 2005, no ano seguinte à mudança, ela iniciou o Curso, no qual ela hoje é formada, de Engenharia Civil, juntamente a outro técnico, em Segurança do Trabalho, todos na mesma Universidade (UFSM). Ao morar em Santa Maria e ocupar o apartamento que era do pai, para fins de estudo e sobrevivência, seu irmão do meio, o Marcel, resolveu tentar a sorte em empregos e dividir apartamento com ela, ex namorado dela e amigos. Ele começou seu primeiro emprego, no Mac Donalds, onde conheceu minha nora, Fabiana e com quem teve minha primeira neta, a Maria Eduarda, hoje com nove anos. Em meio ao início dos estudos na faculdade, meus filhos tiveram uma briga feia (Gabbi e Marcel), foi quando, a pedido de minha filha, decidi morar com eles e meu ex genro, para tentar apaziguar a situação.
    Solicitei transferência no trabalho, fui cedida ao ministério da saúde, órgão gerido pela prefeitura municipal e minha mudança para Santa Maria aconteceu no ano de 2005 e foi quando começou a manifestação de minha ataxia. De início eu mesma não sabia o que eram os sintomas que eu estava enfrentando, só tinha conhecimento de que era alguma doença hereditária, pois minha avó paterna teve e meu pai também.
    (PRIMEIROS SINTOMAS DA ATAXIA)
    Em Santa Maria, eu gostava de ir a pé até meu trabalho, até mesmo para sair do sedentarismo de alguma forma. Até que numa determinada manhã, dia em que eu estava com os sintomas da doença bem evidentes, andava cambaleando, mas não liguei para o fato e continuei meu deslocamento para o trabalho. Até que ouvi um rapaz qualquer se dirigindo a mim com um comentário do tipo: “Mas a essa hora da manhã e a senhora já tomou todas?!” (Sugerindo, obviamente, que eu estava bêbada). No momento que ouvi tamanha besteira, voltei para casa chorando, envergonhada de minha situação e foi o último dia que fui até meu trabalho a pé. Decidi afastar-me, solicitando auxílio doença.
    Em 2010 minha filha formou-se e foi morar em Porto Alegre, para estagiar. Ficou lá por mais um ano e meio aproximadamente, em outro emprego. Ela retornou à Santa Maria para ajudar-me e por questões particulares, na época uma fase bastante complicada, houve a perda de minha mãe, que para ela significava uma “segunda mãe”, pois de fato, minha mãe ajudou muito na criação de meus três filhos.
    Meu período em auxílio doença perdurou por três anos com constantes avaliações de médicos peritos. Consegui me aposentar por tempo de serviço, minha filha e meu filho do meio ajudaram bastante nas idas aos médicos, tanto particulares quanto no médico do trabalho para perícias. Nesta época meu filho mais velho já estava morando em Minas Gerais, Uberlândia, para onde foi em busca de novo emprego, com sua esposa. A Gabbi morou comigo em parte deste período, trabalhava numa construtora próxima de nossa residência e ministrava aulas à noite em bairro distante. Ficou comigo, em Santa Maria, até 2013, ano em que ela passou em Concurso da Força Aérea Brasileira, e, para assumir a vaga, teria que mudar-se novamente para Porto Alegre.
    No ano em que a Gabbi mudou-se definitivamente, após o período de treinamento militar, início de 2014, eu decidi morar em Minas Gerais, próxima ao meu filho mais velho, nora e neto, para não ficar em uma cidade sozinha, longe de toda a família, já que meu filho do meio já estava morando com a família em Santa Catarina e, ainda não estava estabilizado financeiramente. Hoje moro só, em apartamento próprio. Faço uso cadeira de rodas há aproximadamente dois anos e, há uns 12 anos esta ataxia começou a manifestar-se com os primeiros tombos, comecei a caminhar como se estivesse bêbada.

    (HISTÓRICO FAMILIAR)
    Meu pai tinha sete irmãos, eram ao todo em oito, portanto. Destes, além dele, dois irmãos e uma irmã também tiveram a doença, isso dá um total de 50% entre eles, hoje todos falecidos. Meu pai faleceu sem saber qual era aquela maldita doença que o levou ao final da vida em cima de uma cadeira de rodas e depois, somente ficava na cama, sendo minha mãe uma santa que esteve ao lado dando todo o suporte o tempo todo, até o término da vida de meu pai aos seus 64 anos, sem diagnóstico correto.
    Hoje sabemos que a doença de meu pai tratava-se de uma Ataxia, especificamente a “Doença de Machado Joseph”. Em meu histórico familiar da doença, além dos tios e pai, tenho uma única irmã três anos mais velha que eu e três primas (uma já falecida) com a mesma Ataxia.
    (DESFECHO)
    Os trabalhos manuais que eu fazia, além de acrescentarem renda mensal, serviam para minha distração, eram hobbies, que aos poucos tiveram que ser deixados de fazer, devido à doença. Além, é claro de outras privações que fui absorvendo com o decorrer do tempo: viagens, direção de motocicleta e carro, namoros, etc. Porém, muitas coisas boas aconteceram depois que fui morar em Uberlândia: conheci muita gente com a mesma doença, pessoal alto astral, que fazem parte do grupo: “Juntos venceremos”, onde encontro afago, diversão e verdadeiras amizades. Outro ganho excelente que tive, já neste ano de 2016, foi a oportunidade de usufruir dos benefícios da AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente – que hoje se estende não somente a crianças, mas a diversas pessoas com deficiências e outras atividades que não somente a reabilitação física. Lá tenho apoio psicológico, realizo atividades físicas como a hidroginástica, fisioterapia, fonoaudiologia, dentre outros. Meu deslocamento até à AACD já considero uma vitória, com o empurrãozinho de minha “anja da guarda”, a Josefa. Sem a ajuda dela, eu não conseguiria tomar ônibus toda a semana, afinal as calçadas da cidade estão, em grande parte, em desacordo para utilização de cadeirantes e o uso diário de táxi não se enquadra ao meu orçamento mensal, além, é claro, de me auxiliar em trocas de roupas, banhos e ser bastante pró-ativa, sempre preocupada com minhas necessidades.
    Enfim, hoje eu agradeço imensamente o apoio de minha família – sem meus filhos eu não teria nem mesmo a adaptação a cadeirantes executada em meu apartamento (minha filha projetou, meu filho mais velho correu atrás e acompanhou a execução) – além é claro do apoio incondicional dos  três para que eu não desista nunca. E a simples existência deles e netos, motiva e amplia minha ambição em viver muito mais e muito melhor sempre. A eles: meu MUITO OBRIGADA.
    Minha querida e amada mãe, apesar de não estar mais entre nós, me inspira. Ela faz com que a lembrança da pessoa que foi em vida, e sempre será em meu coração, me guarneça. Foi uma grande e forte mulher, suportou e enfrentou com vigor uma diversidade de percalços, sempre esteve ao lado de meu pai, sem saber sua doença e o que fazer, ela dava seu jeito, cuidava com a força e o amor de esposa e mãe, chorando às escondidas, nunca esmorecia aos nossos olhos. Quando a doença acometeu a mim e minha irmã ela foi forte o suficiente para chorar sozinha e nos confortar, fazer rirmos de quaisquer bobagens diárias para nos incitar a luta pela alegria de viver. Sua pujança me parecia interminável, sua assistência para com meus filhos sempre foi irrestrita e, principalmente em minha fase depressiva, fez toda a diferença para a despertar a dignidade e honestidade dos três. A Ela: meu MUITO OBRIGADA.
    Posso dizer com certeza que fiz grandes e sinceros amigos do grupo “Juntos Venceremos”, eles mudaram bastante minha visão de mundo e hoje sorrio, aceito e me divirto mais. Graças ao convívio com eles, mesmo que virtualmente, estou em minha fase mais vibrante e esperançosa de minha vida pós sintomas da ataxia! A Josefa veio para expandir minhas possibilidades de conquista diária nesta luta. A eles: meu MUITO OBRIGADA.

    A peleja faz parte de meu cotidiano, a adaptação aos novos e contínuos sintomas também. Cada dia é um dia, cada tombo é um tombo... deles eu levanto e hoje sou uma mulher muito mais confiante, calejada, sofrida e por vezes com hematomas, mas otimista e com perspicácia de que JUNTOS VENCEREMOS!

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