sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Entenda a nova Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência

Comemoração no plenário Senado pela aprovação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com DeficiênciaComemoração no plenário Senado pela aprovação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI - Lei 13.146/15), antigo Estatuto da Pessoa com Deficiência, entrou em vigor e, 2 de janeiro de 2016.
A legislação traz regras e orientações para a promoção dos direitos e liberdades das pessoas com deficiência, porém ainda necessita de regulamentação em alguns artigos.
Para a superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), Teresa Costa D´Amaral, alguns artigos são autoaplicáveis. Ela também fala da nova definição da pessoa com deficiência: “essa definição foi modificada com a nova lei, no sentido de ampliar quem são as pessoas com deficiência", diz.
A nova legislação considera a pessoa com deficiência “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
Segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência.
“Se as pessoas com deficiência não se juntarem para cobrar, como em todos os movimentos sociais, vai ser muito mais lenta essa mudança de aplicação da nova lei”, diz.
Teresa Costa D´Amaral aconselha as pessoas com deficiência a lutarem pelos seus direitos e a não aceitarem a exclusão.





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Lei Brasileira sobre inclusão

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Engasgos Como evitar e como proceder

A alimentação é uma das mais sociais das atividades de vida diária, é responsável pelo bem estar, manutenção da saúde e da capacidade funcional dos idosos. Constitui-se em um processo dinâmico e multifatorial.
As mudanças físicas e fisiológicas do envelhecimento podem influenciar o processo de alimentação, particularmente as alterações nas funções de mastigação e deglutição. Podem ocorrer mudanças relacionadas tanto à estrutura dos órgãos envolvidos, quanto à sua força muscular e à sua eficiência. Outras modificações observadas são alterações dentárias, do olfato e do paladar e as decorrentes do uso de medicamentos.
Algumas orientações básicas podem facilitar o processo de alimentação, tais como: alimentar-se sempre sentado, comer devagar, tomar os líquidos gole a gole, em volumes pequenos, manter sempre a prótese dentária bem adaptada, evitar distrações durante a alimentação como TV ligada ou muita gente conversando ao mesmo tempo, além de evitar alimentos muito secos e quebradiços (como as torradas), pois podem causar engasgos com facilidade.
Não é normal tossir ou pigarrear sempre que se alimenta, isto pode ser um sinal de que o alimento ou o líquido está entrando na via respiratória e não totalmente na via de alimentação.
Na dúvida, o fonoaudiólogo pode auxiliar na dinâmica alimentar, evitando o aparecimento de distúrbios da deglutição e suas consequências nutricionais e pulmonares, além de promover qualidade para esta atividade, que é essencial.

ENGASGO: um perigo 

Imagem obtida em http://www.heimlichinstitute.org


 O engasgo pode ocorrer quando um corpo estranho (líquido ou sólido) “entala” na garganta e, ao invés de ir para o estômago, vai para a traquéia e pulmões. Imediatamente vem a sensação de sufocação e o reflexo da tosse, que tenta desalojar o corpo estranho e desobstruir as vias aéreas.
É muito comum nos depararmos com uma queixa por parte das famílias que seu parente com mais idade está engasgando com muita facilidade, principalmente quando toma água e outros líquidos.
Este sintoma merece atenção, pois o mais provável é que seja um distúrbio no mecanismo de deglutição que é comandado pelo nosso sistema nervoso central. No idoso, o controle neurológico da deglutição pode ficar falho principalmente por motivos circulatórios.
 Outras causas de distúrbios de deglutição são tumores cerebrais, acidente vascular cerebral(AVC), pós-operatório de neurocirurgia, traumatismo craniano, mas no idoso a principal causa é a microcirculação.
Persistindo o sintoma, o idoso deve procurar seu médico para esclarecimento e tratamento do problema.
Como proceder em caso de engasgo:
- Idoso acamado: em caso de vômito, manter a cabeça virada para um dos lados;
- Nunca tente puxar os objetos da garganta;
- Estimular o idoso a tossir com força;

Se estiver ocorrendo asfixia/sufocação:
- Se notar que o idoso não respira, deve imediatamente chamar o serviço de emergência e em seguida aplicar a MANOBRA DE HEIMLICH.
Manobra de Heimlich:
- Posicione-se atrás do idoso com seus braços ao redor da cintura;
- Coloque a sua mão fechada com o polegar para dentro entre o umbigo e o osso esterno;
- Agarre firmemente seu pulso com a outra mão;
- Exerça pressão contra o abdome rapidamente para trás e para cima;
- Repita até que o objeto seja expelido.
O caso de engasgo é terrível para quem sofre e para o familiar que presencia, pois além de não saber como proceder corretamente, existe o componente emocional. Estas manobras de emergência deveriam ser aprendidas na escola, como fazem em outros países, pois aliviam sofrimentos enormes que podem até levar a óbito.


EngasgoQue sufoco!

Embora não seja um problema exclusivo da Terceira Idade, muitos estudos apontam para a alta incidência de problemas de deglutição em idosos. No popular, diz-se que “desceu pelo cano errado” quando a pessoa engasga o que, cientificamente, tem uma explicação lógica: “o engasgo ocorre quando um corpo estranho (alimento, líquido ou a própria saliva) passa através da traquéia e não pelo esôfago e fica parado obstruindo as vias aéreas, ocasionando reflexo de tosse para tentar eliminar o corpo estranho e desobstruir as vias aéreas”, explicam a fonoaudióloga Adriana Bussamara e a geriatra Sonia Maria Martins Fontes.
Se alguém, ao seu lado, coloca a mão no pescoço, fica vermelho, entra em pânico e demonstra muita dificuldade para respirar, prepare-se para agir. Neste caso, o socorro tem de ser rápido e urgente, já que possivelmente a pessoa deve estar engasgada ou asfixiada.

Procedimentos simples, que envolvem técnicas que qualquer um pode aplicar e salvar uma vida, já que engasgos e asfixias podem matar em cerca de três a quatro minutos pela falta de oxigenação no cérebro, caso as medidas certas não sejam tomadas imediatamente. O importante é agir rápido pois não há tempo de chegar até uma unidade de emergência.

Para começar, é preciso saber a se a pessoa está engasgada ou asfixiada, já que são coisas diferentes: asfixia é quando o ar não consegue passar pela traquéia; no engasgo o ar passa com dificuldade. Então, na asfixia, a pessoa não pode falar, enquanto no engasgo ela ainda consegue dizer alguma coisa.

Os dois tapas nas costas com o corpo inclinado para a frente é ainda a primeira opção. Mas se essa ação não resolver, deve-se partir para um procedimento conhecido como “Manobra de Heimlich ”, em que o indivíduo pega a vítima por trás, inclina o corpo dela para frente e aperta a cintura, entre o tórax e o abdômen, num movimento forte e intenso para cima. Essa pressão termina colocando para fora o que ele engasgou.

Se a situação se agravar e o socorrido desmaiar, apresentando um estado de inconsciência e perda de sentidos, não desista. É aí que entra em cena a respiração boca a boca. E não ofereça água à pessoa quando esta se restabelecer: a pessoa pode vomitar e inspirar o vômito, complicando ainda mais a situação.

Segundo a fonoaudióloga Adriana Bussamara, as alterações de deglutição nos idosos podem estar associadas a doenças neurológicas como AVC, Alzheimer, Parkinson entre outras, e os engasgos se apresentam como sintomas destas doenças. “A doença de Parkinson pode ocasionar engasgo, pois a fase oral da degluticão pode estar comprometida”, explica. Neste caso, afirma, ocorre a retenção do alimento na boca, a língua não executa o movimento antero-posterior adequadamente, dificultando a passagem do alimento para fase da faringe e os mecanismos de proteção das vias aéreas ficam prejudicados ocorrendo engasgo e, posteriormente, com a evolução da doença, bronco aspiração (aspiração de alimentos ou até mesmo da própria saliva para a traquéia).
No caso dos idosos, explica a geriatra Sonia Maria Martins Fontes, a incidência maior do problema acontece porque o envelhecimento provoca alterações estruturais que podem repercutir na deglutição e ocasionar engasgo.
Os idosos podem apresentar:
• Problemas de mastigação por deficiência nas arcadas dentárias ou próteses mal adaptadas;
• Diminuição de saliva, o que prejudica na formação do bolo alimentar a ser deglutido;
• Diminuição da inervação da garganta;
• Uso de medicamentos que podem comprometer atividade muscular dos órgãos envolvidos na deglutição;
• Refluxo gastro esofágico.

Ações auxiliadoras

Algumas ações que podem contribuir para diminuição de engasgos:

• Estar bem acordado no momento da alimentação;
• Adequar a consistência dos alimentos e líquidos, se preciso usando espessante;
• Adequar utensílios utilizados;
• Cuidar para que as próteses estejam bem adaptadas;
• Faça a higiene oral sistematicamente após as refeições (pode haver ocorrência de engasgo com resíduos de alimentos).

Manobra de Heimlich

A pessoa que irá aplicar a manobra deverá posicionar-se atrás da vítima, fechar o punho e colocá-lo com o polegar para dentro entre o umbigo e o osso esterno. Com a outra mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as mãos em sua direção, com um rápido empurrão para cima e para dentro a partir dos cotovelos. Deve-se comprimir a parte superior do abdômen contra a base dos pulmões, para expulsar o ar que ainda resta e forçar a eliminação do bloqueio. É essencial repetir a manobra cerca de cinco a oito vezes. Cada empurrão deve ser vigoroso o suficiente para deslocar o bloqueio
Fontes:
• Sonia Maria Martins Fontes, especialista em Geriatria e
Gerontologia pela Associação Brasileira de Geriatria e
Gerontologia – credenciada Cabesp;
• Adriana Bussamara – fonoaudióloga



O Que É O Engasgo?

Antes de partirmos para a parte prática das ações vamos definir o que é um engasgo. Para os médicos o engasgo ou obstrução das vias aéreas se dá quando um corpo estranho cria um bloqueio na traquéia. Esse bloqueio pode ser causado por um algum objeto como uma bala, por exemplo, pelo vômito, sangue entre outros fluidos do corpo.
Confira As Dicas
Confira As Dicas
Ressaltamos que o engasgo é considerado um tipo de emergência médica. Saiba que nos casos mais sérios o engasgo pode chegar a levar a pessoa a óbito. Devido a asfixia que o engasgo cria a pessoa pode acabar morrendo ou ficando inconsciente durante um determinado período.
Sendo assim é muito importante que você seja rápido para resolver o problema e evitar que existam complicações. Nos casos em que mesmo tomando as atitudes certas não é possível evitar as complicações advindas do engasgo se torna necessário buscar atendimento médico. Confira abaixo dicas de como agir numa situação dessas, pois ser rápido é fundamental para salvar a pessoa que engasgou.

Agindo Na Prática em Casos de Engasgo

Dentre os acidentes mais corriqueiros que acontecem em casa está o engasgo. Sendo assim se mostra necessário estar pronto para agir e salvar as pessoas que acabaram se complicando com alguma coisa bloqueando a sua traquéia. Quanto mais assertivo e rápido for o atendimento e as atitudes das outras pessoas mais facilmente aquele que engasgou irá se recuperar.

Como Ocorre o Engasgo

Geralmente o engasgo acontece como uma reação do organismo da pessoa quando esta ingere um alimento da forma errado. Esse alimento acaba indo pelo caminho errado e assim causa a obstrução que leva a asfixia. A epiglote está situada na parte de cima da laringe e atua como um tipo de porta que fica aberta para que seja possível que entre o ar para os pulmões.
No momento em que comemos alguma coisa e engolimos essa porta acaba se fechando para que não haja a possibilidade de que o alimento vá parar nos pulmões por engano, ele deve ser destinado ao estômago. O engasgo acontece naqueles momentos em que o alimento ou objeto faz o caminho incorreto quando chega nessa passagem da epiglote.

Desobstruindo

Se a pessoa que engasgou está acordada e lúcida irá reagir tossindo para ajudar o objeto e sair do caminho errado. Nessa situação é necessário realizar a manobra chamada de Heimlich. A pessoa engasgada deverá ser colocada de pé para que seja mais fácil expulsar esse objeto para liberar a via aérea.
Dentre todos os métodos e ações possíveis para resolver o problema a Manobra de Heimlich ainda é a mais indicada para liberar as vias aéreas. O nome da manobra vem do nome do médico estadunidense Henry Heimlich que a descreveu pela primeira vez no ano de 1974.

Manobra de Heimlich – Como Fazer

O grande segredo da manobra está no fato de que ela força uma tosse artificial que ajuda a expelir o objeto que está impedindo a circulação de ar na traquéia. Basicamente alguém deve fazer pressão com as mãos na parte final do diafragma.
Os pulmões acabam sendo compridos o que faz ainda mais pressão sobre o objeto estranho que se encontra na traquéia. Para que fique mais fácil de entender tudo o que você precisa fazer é abraçar o engasgado por trás na altura do estômago. Depois é necessário fazer uma boa pressão criando um ciclo de cinco a oito vezes.
Em paralelo cuide para fazer compressão do abdômen contra os pulmões para que seja possível forçar a epiglote a ser desbloqueada. É necessário fazer pressão para o desbloqueio seja desfeito.
Saiba Mais
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Cuidados Com Cadeirantes

Quando a pessoa que engasgou é um cadeirante o procedimento deverá ser realizado da mesma forma que indicamos acima, porém, a pessoa que estiver prestando o socorro deverá ficar posicionado atrás da cadeira.

Engasgo Líquido

Se o engasgo foi causado por um líquido é necessário colocar a pessoa engasgada no chão numa posição que lhe ofereça conforto. Aquele que presta o socorro deverá utilizar gazes, panos ou toalhas para conseguir remover o líquido.

Quando Você Engasga Sozinho

Ninguém está livre de engasgar e de estar sozinho, nessa situação será necessário contar com a ajuda de um objeto rígido como um cadeira ou mesmo um sofá. A região abdominal deverá ser posicionada se apoiando no objeto. Você precisará fazer pressão com esse objeto, pense que o objeto deve fazer o papel que o socorrista faria.
Engasgar parece algo corriqueiro, mas, dependendo da situação, o engasgo pode matar. Os episódios de engasgo são mais comuns em idosos, devido a mudanças fisiológicas naturais que interferem na capacidade de deglutição. Além disso, pessoas com problemas como Alzheimer, Parkinson ou sequelas de AVC estão mais sujeitas a engasgar porque o ato de engolir se torna mais difícil. Por causa disso, é fundamental que certos cuidados sejam mantidos em relação aos mais velhos a fim de evitar os engasgos.

O que é engasgo?

O engasgo ocorre quando algum alimento líquido ou sólido passa da glote para a traqueia. O problema ainda pode ser causado por um corpo estranho entalado na garganta, o que pode dificultar a respiração. Vômito, sangue e outros fluidos também costumam ser causa de engasgo. Após engasgar, é comum que a pessoa sinta dor no local e sensação de sufocação,  além de tossir para tentar desobstruir as vias respiratórias. Se o alimento permanecer interrompendo a garganta, a pessoa pode ter uma parada respiratória e morrer pela falta de ar.

Engasgo em idosos

Como comentamos no início do texto, a incidência de engasgos em idosos pode ser maior tanto em decorrência de doenças como pelo envelhecimento natural do organismo. A deglutição é um processo que envolve atos voluntários e involuntários dos órgãos. Quando a pessoa tem algum problema cognitivo, esses atos podem não ocorrer do modo devido, levando ao engasgo.
O envelhecimento da musculatura usada na deglutição também pode ser causa de engasgos. Em muitos casos, a própria saliva ao ser engolida pode fazer com que o idoso venha a engasgar. O ideal, para esses indivíduos, é o acompanhamento com um fonoaudiólogo para que o idosos não se sinta inseguro para comer ou beber com medo de engasgar.

Algumas causas de engasgo:

  • comida em excesso;
  • comer na posição horizontal (pacientes acamados);
  • próteses dentárias inadequadas ou mal utilizadas;
  • pressa ao engolir;
  • beber água muito rápido;
  • ansiedade;
  • doenças como Parkinson, Alzheimer e acidente vascular cerebral;
  • refluxo gastroesofágico;
  • conversar enquanto come.

O que fazer?

Quando um idoso engasga, é importante que algumas medidas sejam tomadas imediatamente para evitar que o problema se agrave. Primeiramente, é preciso salientar que nunca devemos dar água para alguém engasgado. A água pode fazer com que o engasgo se torne pior, já que a pessoa tem algo entalado na garganta.
Também é possível tentar remover o que está causando o engasgo. Para tanto, é preciso notar se o corpo estranho está visível na garganta do idoso. Se estiver, tente enfiar o dedo para remover o alimento ou objeto entalado. Em algumas situações, é preciso que o corpo estranho seja removido por meio cirúrgico, mas a demora no atendimento de engasgados é bastante prejudicial e pode levar ao óbito.
Como fazer a Manobra de Heimlich
Como fazer a Manobra de Heimlich

A Manobra de Heimlich

Talvez você nunca tenha ouvido esse nome, mas o procedimento é bastante conhecido e eficaz para acabar com o engasgo. A manobra foi descrita pela primeira vez em 1974, pelo médico Henry Heimlich (o que explica a nomenclatura). Ela consiste em pressionar a região do diafragma, comprimindo os pulmões da vítima e a obrigando a tossir. Esse procedimento causa uma espécie de tosse artificial, que ajuda o indivíduo a expelir o corpo estranho.
De acordo com a Wikipedia:
A pessoa a aplicar a manobra deverá posicionar-se atrás da vítima, fechar o punho e posicioná-lo com o polegar para dentro entre o umbigo e o osso externo. Com a outra mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as mãos em sua direção, com um rápido empurrão para dentro e pra cima a partir dos cotovelos. Deve-se comprimir a parte superior do abdômen contra a base dos pulmões, para expulsar o ar que ainda resta e forçar a eliminação do bloqueio. É essencial repetir-se a manobra acerca de cinco à oito vezes. Cada empurrão deve ser vigoroso o suficiente para deslocar o bloqueio. Caso a vítima fique inconsciente, a manobra deve ser interrompida e deve ser iniciada a reanimação cardiorrespiratória. A manobra de Heimlich não se aplica da mesma maneira para grávidas.
Em pessoas idosas, esses passos devem ser feitos com cautela e, preferencialmente, por alguém que conheça o processo da Manobra de Heimlich. Dependendo da situação, a manobra pode salvar a pessoa engasgado e permitir que ela volte a respirar. Enquanto o procedimento é feito, uma ambulância deve ser chamada para atender a vítima.

Como evitar os engasgos?

Medidas simples podem ajudar a evitar os engasgos em idosos. Sempre que possível, procure segui-las para que o problema não se torne constante:
  • o ideal é que o idoso coma sempre na posição sentada ou com o tronco mais inclinado verticalmente;
  • os líquidos devem ser tomados em pequenas porções e gole a gole, com bastante cuidado;
  • quem usa prótese dentária precisa visitar o dentista com frequência para verificar se ela está bem adaptada;
  • durante a alimentação, deve-se evitar distrações como conversar, assistir TV ou realizar outras atividades;
  • alguns alimentos muito secos, como farinha, torradas e bolachas podem causar o engasgo e devem ser evitados.
Acidente de percurso

Saiba como proceder ao engasgar com alimentos, líquidos ou pequenos objetos

Agir rápido e corretamente faz toda a diferença para solucionar o problema

Por: Daniela Santarosa
18/08/2012 - 08h54min
Saiba como proceder ao engasgar com alimentos, líquidos ou pequenos objetos Diyfather.com/Divulgação
Baterias já foram encontradas entaladas em gargantasFoto: Diyfather.com / Divulgação
Nada mais constrangedor do que estar à mesa, degustando uma deliciosa refeição, e perceber que aquele pedaço de comida ou um simples gole d'água entrou "pelo canal errado". Face avermelhada, tosse e falta de ar são reflexos naturais de uma situação pra lá de comum, mas que são eficientes armas do organismo para expulsar o alimento da garganta e colocá-lo no caminho certo para o estômago.
Porém, nem sempre a história acima se repete sem problemas e fica só na vergonha do engasgo. Nesta semana, um fato inusitado ocorrido em Porto Alegre chamou atenção para o quanto precisamos cuidar ao satisfazer uma de nossas necessidades mais triviais: comer. O empresário aposentado de 81 anos, que comemorava o Dia dos Pais com a família em uma churrascaria, só foi salvo pela sorte do destino. Um cirurgião almoçava no mesmo restaurante e conseguiu realizar uma traqueostomia de urgência, usando apenas uma caneta e faca comum.
— O que deve ser salientado é que este é um procedimento de extrema urgência, que apenas deve ser feito por pessoas habilitadas e após todas as tentativas de reanimação — afirma o tenente Miguel Ribeiro, oficial do 1° Comando Regional dos Corpos dos Bombeiros da Capital, que há 24 anos convive com emergências deste tipo.
Ar e alimentos em caminhos distintos
Engasgar com algum alimento, bebida ou qualquer outro objeto é fato comum em crianças e idosos, mas vale salientar o perigo para qualquer pessoa, de qualquer idade. Tudo ocorre em função da faringe, que é a porta de entrada tanto da alimentação quanto da respiração. A comida e o ar devem seguir rumos distintos. Para isso, são orientados pela epiglote, uma espécie de "tampa" localizada na garganta, que abre e fecha involuntariamente. E é aí que mora o perigo: quando esse mecanismo falha, a epiglote abre no momento errado e é dirigido para a laringe, provocando o indesejável engasgamento.
E, nesta hora, como agir?
Segundo Júlio Pereira Lima, membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed) e professor da Santa Casa de Misericórdia e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), erros muito comuns são cometidos na hora do socorro:
— É preciso ficar atento para o local no qual o alimento está estacionado. A Manobra de Heimlich (pressão sobre o final do diafragma, fazendo com que corpos estranhos sejam expulsos da traqueia) não adianta caso ele já esteja no esôfago, no nível da aorta. Levar imediatamente a pessoa ao hospital é vital, pois somente com um endoscópio o especialista pode verificar em qual local o corpo estranho se alojou e retirá-lo sem comprometer o aparelho digestivo ou qualquer outro órgão.
O chefe do setor de gastroenterologia da Santa Casa e médico do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre Geraldo Druck Sant'Anna também salienta a importância de chamar a ambulância ou encaminhar a vítima ao hospital imediatamente.
— Em alguns casos, o tempo é curtíssimo. Mas felizmente, os casos fatais são raros — lembra.
Dentadura, espinha de peixe e Playmobil
Em cerca de 90% dos casos, quem chega ao hospital para retirar objetos da via respiratória são crianças. Moedas, bolinhas de gude e peças de brinquedos soltas são as campeãs a serem resgatadas. Não raro, é preciso fazer cirurgias para evitar complicações.
— De uma a duas vezes por mês, pelo menos, entro em bloco cirúrgico para remover corpos estranhos trancados no esôfago, que vão de próteses dentárias mal presas a até Playmobil — afirma o gastroenterologista Sant'Anna.
No caso das crianças, o especialista diz que é essencial evitar dar, antes dos sete anos de idade (quando ocorre a maior parte dos casos de engasgamento), alimentos como pipoca, amendoim e frutas com o bagaço.
Para os adultos, a dica é checar a integridade das dentaduras e próteses dentárias e, ainda, controlar a ansiedade ao sentar à mesa: a pressa, sem dúvida, é inimiga da boa digestão — que, não custa lembrar: começa na boca.
Números
Como não existe Classificação Internacional de Doenças (CID) para engasgamentos, não há registros específicos dos casos no Brasil. Porém, em Porto Alegre, apenas no ano passado, 5.160 pessoas foram atendidas no HPS para retirada de corpos estranhos, excluindo os registros dos corpos estranhos nos olhos, ocorrência mais comum (7.658 casos em 2011).
De 1° de janeiro a 30 de abril deste ano, 2.775 pessoas foram atendidas no HPS para este tipo de procedimento. Os últimos dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2008, 754 crianças de até 14 anos morreram vítimas de sufocamento no Brasil, das mais variadas formas.
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