sexta-feira, 13 de maio de 2016

Miqueias Silva de Jesus

Meu nome é MIQUEIAS SILVA DE JESUS,  tenho 32 anos, sou natural de Porto Rico do Maranhão, e atualmente moro em Divinópolis- MG.

Tenho ataxia desde que me entendo como pessoa. Minha ataxia não foi herdada de meus  pais é uma ataxia  esporádica (ataxia sem uma causa aparente), mas só foi diagnosticada há 5 anos atrás no Sarah São Luís-MA.













Portanto, desde a infância, venho sofrendo com o meu "sem jeito" de fazer as coisas mais simples, como ter EQUILÍBRIO etc...
Não tive muitos problemas com o preconceito. Eu mesmo tentava evitar,  não querendo demonstrar à sociedade. Mas isso só me prejudicou, pois entrei em uma depressão desde então, e hoje luto pra sair, depressão leve.

Como morador de Porto Rico do Maranhão,  tive uma vida um tanto normal, porém com algumas dificuldades. No entanto, conseguia ir para o colégio normalmente, pontualmente e com muita dedicação. Comecei na faculdade de pedagogia em 2006. Passei, mas desde esse momento já notava dificuldades na escrita e achava que era um estilo próprio, mas já era a ataxia manifestando-se, e comprometendo minha "coordenação motora fina".

Logo fui obrigado a deixar a faculdade, porque me apareceu uma tontura forte e essa tontura me afastou das minhas atividades de estudante. Foi então que comecei a procurar tratamento médico bem urgente para mim. Comecei pelo CRÁS de Porto Rico do Maranhão. Lá, o psicólogo falou pra mim e para minha mãe que eu tinha um problema NEUROLÓGICO e não MENTAL.  Então fui encaminhado para outra cidade e outro CRÁS. Também lá a médica me receitou AMÍTRIL e VERTIX, para labirintite, mas esses medicamentos só me fizeram mal, e ao levar o resultado do medicamento, a médica logo percebeu que estava errada a medicação e me encaminhou a um neurologista em São Luís do Maranhão e fui com minha mãe. Chegando em São Luís me pediram uma tomografia e uma ressonância.

Então viram que meu cerebelo estava atrofiado "característica de quem tem ataxia". Fui a um neurocirurgião, mas não havia “nada a fazer”. Depois fui a uma médica que me prescreveu remédio para parkinson, foi outro insucesso, mas continuei com outros neurologistas, tomei outros medicamentos para tontura e ataxia, mas nada fazia melhorar. Tomei Etna, Flunarim etc...
Enfim, entrei no Sarah de São Luís por indicação dos neurologistas, no Sarah fui entender que os meus problemas não teriam tantos recursos pela medicina, e foi então que parei de procurar tratamento pois já não havia muito a ser feito. Desde então continuei só com a fisioterapia e outros tratamentos cotidianos.
Hoje sei que como a "ataxia espinocerebelar" não tem cura e isso me faz mais dependente de Deus e somente Ele que cura todas as nossas dores...
Hoje estou bem consciente que tudo passa...e com Deus, com minha família e minha namorada continuo, bem a vida...
Este foi um rápido relato do meu viver com ataxia.

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